09
Fev 15

Galp vai substituir produtos aditivados por simples para cumprir lei dos 'low cost'

A Galp tem uma equipa a trabalhar para até meados de abril ter combustíveis simples à venda nos seus cerca de 700 postos de abastecimento, respeitando a decisão do Governo, sem afastar a hipótese do recurso à Justiça.

 

O presidente da Galp disse hoje que a Galp cumpre a lei e, por isso, tem uma equipa no terreno a fazer as alterações necessárias para que os postos de abastecimento disponham de combustíveis 'low cost', como prevê o decreto-lei publicado a 16 de janeiro.

"Temos que tirar a nossa gama de produtos para por lá uma gama que o Governo nos impõe num mercado que está totalmente livre", revelou o presidente da petrolífera, adiantando que as atuais circunstâncias impedem o investimento em mais tanques e bombas.

Em declarações aos jornalistas, o presidente da Galp disse não entender a intenção legislativa do Governo, sem descartar a possibilidade de vir a contestar o diploma na Justiça.

"Não consigo perceber, na minha cabeça de engenheiro, que tenha que retirar um produto para colocar um outro que não tenho interesse em vender", declarou, explicando que a substituição de produtos foi a forma encontrada pela empresa para não investir numa altura em que está "a racionalizar em todas as frentes do sistema de distribuição em Portugal e em Espanha".

Todos os postos de abastecimento têm até meados de abril para venderem combustíveis simples, de acordo com o decreto-lei hoje publicado a 16 de janeiro em Diário da República.

"Sem prejuízo da livre comercialização de gasolina e gasóleo rodoviários submetidos a processos de aditivação suplementar para além do mínimo necessário ao cumprimento das respetivas especificações, os postos de abastecimento devem também comercializar combustível simples", lê-se no diploma hoje publicado, que define um prazo de 90 dias para esta obrigação.

Os deputados da Assembleia da República aprovaram a 05 de dezembro por unanimidade a proposta de lei que obriga todos os postos de combustível a comercializarem combustível simples, designados de 'low cost'.

A versão final da lei generalizou a obrigatoriedade da oferta a todos os postos de combustível, enquanto na versão inicial se cingia a postos com quatro 'bombas' de abastecimento, o que afetava a oferta fora dos grandes centros urbanos.

 

JNM // VC

fonte:Lusa/Fim

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22
Dez 14

Galp tem novos descontos no mercado livre e nos combustíveis. Saiba como funciona

O Plano Energia3 vai ser lançado esta sexta-feira, 26 de dezembro, e resulta do alargamento da parceria que a petrolífera tem com o Continente, hoje apenas nos combustíveis. É um plano para o mercado livre de eletricidade e gás natural, mas que também dá descontos nos combustíveis e na compra de botijas de gás. Saiba como funciona, que poupanças tem e como aderir.

1. Como aderir?

Apesar da parceria com o Continente, esta é uma oferta da Galp para o mercado livre de eletricidade e como tal o contacto tem de ser feito com a empresa. Assim, tem de escolher se quer apenas eletricidade ou se quer juntar eletricidade e gás na mesma fatura e dizer que quer aderir ao Plano Energia3. A Galp trata do resto, como qualquer outro operador do mercado liberalizado.

Ao aderir, o cartão do Continente - que tem de ter ou fazer - fica logo com a informação que é cliente Plano Energia3 e que pode ter acesso aos descontos nos combustíveis e nas botijas de gás.

2. Posso aderir se tiver uma tarifa bi-horária?

Não. Só para quem tiver tarifas simples.

3. Como posso pagar?

Tem de ter fatura eletrônica e débito direto

4. Até quando posso aderir?

A oferta é lançada a 26 de dezembro, esta sexta-feira, e as adesões podem ser feitas até 28 de fevereiro de 2015. No entanto, este plano vai continuar a existir depois desta data, mas com outras condições ainda por definir.

5. Que descontos dá?

Na eletricidade e gás natural dá descontos até 50% na potência e termo fixo, ou segundo as contas da Galp, cerca de 10% na conta total.

Dá ainda um desconto de 10% nas botijas de gás até 13 quilos e que agora custam cerca de 25 euros e também um desconto de 12 cêntimos por litro nos combustíveis, incluindo GPL.

Assumindo que os preços descem quatro cêntimos esta segunda-feira, com menos estes 12 cêntimos, a gasolina na Galp pode ficar a 1,23 euros e o gasóleo a pouco mais de um euro, ou seja, muito perto do que é cobrado nas bombas de gasolina low cost.

6. Como tenho acesso aos descontos?

Os descontos são todos carregados no cartão Continente. Os 50% no termo fixo da eletricidade e de gás natural são entregues na conta mensal num cupão com o valor equivalente ao desconto e que deverá depois ser carregado no cartão numa loja Continente.

No combustível, em compras nas lojas Continente de valor igual ou superior a 30 euros, os clientes deste plano recebem também um cupão de desconto de 12 cêntimos para abastecerem num dos cerca de 700 postos da Galp que aderiram a esta promoção. Tal como já acontece hoje, quando for pagar apresenta o cupão e o cartão Continente e não só tem direito ao desconto como, por cada litro abastecido (no máximo de 60 litros), acumula 12 cêntimos no saldo do cartão Continente.

Nas botijas de gás, ao comprar uma nas lojas Continente, mostra o cartão e tem um desconto imediato que é carregado no cartão. Atenção que esta oferta é limitada à aquisição de uma garrafa por mês.

7. Onde pode usar os descontos que tenho no cartão Continente?

O saldo acumulado pode ser utilizado a partir do dia seguinte nos hipermercados, nas lojas Well"s (produtos de beleza), na Note (papelaria), Bom Bocado (pastelaria e restauração) e ainda Mo e Zippy (vestuário).

8. Este plano tem fidelização ou obriga a comprar serviços adicionais?

Não. "O cliente poderá mudar de comercializador a qualquer momento", disse fonte oficial d Galp.

9. Que poupanças anuais posso ter?

A Galp e o Continente estimam que as poupanças médias anuais para uma família portuguesa sejam de 150 euros.

10. Os outros planos da Galp e do Continente vão manter-se?

Sim. Além do Plano Energia3 que será lançado agora, a Galp tem já e vigor há algum tempo o Galp On que dá descontos a quem escolher a empresa como operador do mercado livre de eletricidade, de gás ou das duas energias juntas.

Quem tem cartão Continente continuará a ter os descontos nos combustíveis de 10 cêntimos por litro que já existem hoje quando se fazem compras de valor igual ou superior a 30 euros e a carregar o cartão quando abastece na Galp.

 

fonte:http://www.dinheirovivo.pt/

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11
Fev 14

Galp sobe vendas de combustíveis pela primeira vez desde 2009

A Galp vendeu, no ano passado, 9,9 milhões de toneladas de combustíveis a clientes diretos, ou seja, em postos de abastecimento e para frotas de empresas em Portugal, Espanha e África. É uma subida de 1,1% face a 2012 e a primeira vez desde 2009 que as vendas voltam a subir, mesmo que ligeiramente.

Para o CEO da empresa, Manuel Ferreira de Oliveira, este é um sinal de recuperação da economia em Portugal, onde estas vendas cresceram 2%. Em Espanha recuaram 2% e em África têm estado a crescer, como sempre.  É ainda, ressalvou ontem na apresentação das contas de 2013, evidência da recuperação do mercado dos combustíveis.

Segundo a Galp, em Portugal o mercado recuou 3% e em Espanha caiu 5%, quando nos três anos anteriores estava a cair 7%. “E se compararmos trimestre com trimestre, na Ibéria, vemos que no primeiro trimestre de 2013 face ao homólogo de 2012 o consumo caiu 12%, mas no segundo trimestre a queda foi de 6%, no terceiro de 2% e no quarto já cresceu 1%. É claramente um sinal de crescimento e algo que nos deve alegrar”, disse. E acrescentou: “Vemos também, no último trimestre, o consumo de gasolinas a subir, por isso há aqui sinais que nos podem animar”.

A crescer estiveram também as vendas de gás natural, mas neste caso, mais na Galp do que propriamente no mercado em geral. Estas atingiram o “valor histórico” de 7090 milhões de metros cúbicos, mais 13% que no ano anterior e um reflexo da aposta que a petrolífera tem estado a fazer no negócio internacional de trading.  “Será um dos nossos negócios de futuro e estamos prudentemente a prosseguir nesta área”, disse o CEO.

Este consiste em vender no estrangeiro - Ásia e América do Sul - o gás que está contratado para Portugal mas que não é escoado por o consumo estar a cair. É por isso que não é considerado nas exportações porque não se trata de um produto  feito nas refinarias de Sines e Matosinhos, mas sim que a Galp compra lá fora e vende depois, mais caro, também no exterior.

O desempenho deste negócio justifica, aliás, que os lucros não tenham recuado mais do que 14%, para 310 milhões de euros, que  o EBITDA tenha crescido 11% para 1,1 mil milhões e que as vendas tenham subido 6%, para 19,6 mil milhões. “Por aqui passa muito dinheiro, mas fica pouco porque é um negócio de baixas margens. E se juntassemos o IVA, as vendas seriam quase 25 mil milhões”, comentou Ferreira de Oliveira.

Além do trading, contribuiram também para este estes resultados o aumento da produção de petróleo, principalmente no Brasil, que chegou mesmo para compensar o declínio dos poços em Angola. Aliás, segundo referiu o CEO da Galp, a exploração e produção de petróleo no Brasil, no campo Lula, é a principal aposta da empresa e para onde se canalizará a maior fatia do plano de investimentos. 

 

fonte:http://www.dinheirovivo.pt/

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15
Jul 13

Galp Energia produz menos petróleo e vende mais combustíveis

Os indicadores operacionais da Galp Energia no segundo trimestre do ano mostram um abrandamento da produção e uma subida das vendas directas.

A Galp Energia anunciou esta segunda-feira os dados operacionais referentes ao segundo trimestre de 2013.

 

Na actividade de exploração & produção, a produção média “working interest” (produção bruta) foi de 23,4 mil barris de petróleo por dia, o que representa uma queda de 9,2% face ao período homólogo e de 0,5% contra os primeiros três meses de 2013. Esta queda é explicada redução registada nos campos em Angola.

 

Já produção média “net entitlement” (líquida de custos de exploração), aumentou 3,4% em termos homólogos no segundo trimestre, para 19,4 mil barris por dia, o que representa uma queda de 3,1% face aos primeiros três meses do ano.

 

A margem de refinação foi de 2,2 dólares por barril, o que representa um aumento de 11,1% face ao trimestre anterior e uma queda de 39,2% face ao período homólogo.

 

A Galp Energia processou 22,33 milhões de barris de petróleo, o que representa um aumento de 4,1% face ao período homólogo. Na área de refinação e distribuição as vendas a clientes directos aumentaram 10,3% face ao primeiro trimestre de 2013.

 

Já as exportações aumentaram 36,9% em termos homólogos e 10,4% face aos primeiros três meses do ano.

fonte:http://www.jornaldenegocios.pt/e

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27
Mai 13

Galp diz não estar preocupada com os combustíveis low cost

A legislação que o Governo quer aprovar sobre combustíveis low cost “nunca foi uma preocupação para a Galp”, assegurou o presidente executivo da petrolífera portuguesa Manuel Ferreira de Oliveira.

À margem de uma conferência sobre a indústria petrolífera, promovida pela APETRO e pelo "Diário Económico", Ferreira de Oliveira reafirmou que “a Galp Energia cumpre com as leis e com qualquer legislação que exista no País”.

 

A APETRO, que representa a indústria petrolífera em Portugal, já várias vezes mostrou a sua preocupação com o projecto do Governo, estimando que a adaptação das estações de serviço para terem obrigatoriamente combustíveis não aditivados e de menor custo para o consumidor acabará por implicar investimentos de dezenas de milhões de euros.

 

Ainda assim, o CEO da Galp mostrou-se tranquilo. “Já temos soluções competitivas”, afirmou. “Não temos nenhuma objecção contra o esforço que se possa fazer para tentar reduzir custos”, acrescentou o gestor.

 

Embora negue estar preocupado com o tema dos combustíveis low cost, Manuel Ferreira de Oliveira não deixa de tecer críticas aos decisores europeus nomeadamente pela política ambiental que cobrará às refinarias europeias pelas suas emissões de CO2, ao contrário do que sucede com grande parte das refinarias de outras regiões do mundo. “A tragédia do CO2 sobre a nossa indústria não é pequena”, declarou o CEO da Galp, lembrando que as suas exportações têm de competir com a produção de outras refinarias fora da Europa que não têm os mesmos custos ambientais.

 

Na opinião do presidente da Galp o pacote legislativo europeu em matéria de emissões poluentes “não tem sentido porque penaliza as exportações”. “A taxa de CO2 tem de ser aplicada ao consumo e não à produção”, defende Manuel Ferreira de Oliveira.

fonte:http://www.jornaldenegocios.pt/

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30
Abr 13

Galp fechou 28 postos

Num ano, a Galp fechou 28 estações de serviço. A quebra de consumo de combustíveis em Portugal e Espanha continua e a empresa admite mais encerramentos

"O consumo de combustíveis continua a cair, trimestre após trimestre, o que leva as empresas deste sector a terem de encerrar postos de abastecimento", refere o presidente executivo da Galp, Manuel Ferreira de Oliveira. No primeiro trimestre de 2013 a Galp tinha uma rede de 1478 estações de serviço, enquanto no período homólogo de 2012 teve 1506 a operar na Península Ibérica e em África.

A redução de postos de abastecimento ocorre no mercado ibérico, onde o consumo de combustíveis voltou a cair no primeiro trimestre de 2013. Em Portugal, o consumo de gasolina caiu 8% e o de gasóleo caiu 9%, enquanto em Espanha a gasolina caiu´10% e o gasóleo 9%.

"A rede de postos existente no mercado é muito cara para o atual nível de vendas de combustíveis e a rentabilidade das vendas não suporta custos tão elevados, motivo pelo qual as empresas do sector têm de encerrar postos de abastecimento", refere Ferreira de Oliveira.

"Hoje temos um consumo de combustíveis que equivale a dois terços do volume que era consumido em 2005-2006, mas acontece que as petrolíferas não cortaram as suas infraestruturas numa proporção semelhante, porque acreditam que o mercado deverá recuperar a médio prazo", comenta o presidente executivo da Galp.

"Uma rede de 1478 postos de abastecimento representa um valor muito elevado de ativos, da ordem dos 1000 milhões de euros, a que temos de somar outros 1000 milhões de euros em armazenamento de produtos petrolíferos, além das reservas estratégicas de combustíveis que somos obrigados a manter por lei para ter estes postos de abastecimento a funcionar e continuarmos a operar no mercado. Tudo isto somado dá muito dinheiro, que a atividade de distribuição de combustíveis não torna rentáveis", explica Ferreira de Oliveira.

Nas contas de Galp, a distribuição de combustíveis aparece associada à refinação e no primeiro trimestre de 2013, apesar das margens de refinação terem melhorado, o resultado deste segmento de atividade "foi nulo", disse Ferreira de Oliveira.



fontes: http://expresso.sapo.pt

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16
Fev 13

Presidente da Galp entende que bombas low-cost também devem vender combustível normal

Ferreira de Oliveira antevê fecho de bombas se legislação do Governo para venda de combustível low-cost em todas as bombas avançar e defende redução de impostos na gasolina.


O presidente da Galp Energia admite ter “muita curiosidade” em relação à legislação que o Governo está a preparar para obrigar as gasolineiras a disponibilizarem combustíveis low-cost. Ferreira de Oliveira defende, contudo, que então as bombas mais baratas também devem ser “obrigadas a ter produtos aditivados nos seus postos de abastecimento”.

Em entrevista à TSF e ao Dinheiro Vivo, Ferreira de Oliveira referia-se à medida apresentada ainda em Outubro de 2012, altura em que o Executivo de Passos Coelho fez saber que pretende dinamizar as redes de combustíveislow-cost, incentivando a sua comercialização. A medida está, aliás, prevista no Orçamento do Estado para 2013 com o objectivo de minimizar os efeitos da subida do preço do petróleo. A ideia do Governo passa não só por estimular o aparecimento de novos postos que disponibilizem combustíveis mais baratos como por introduzir a oferta low-cost nas bombas já existentes.

Ferreira de Oliveira começa por esclarecer que “não há combustíveis low-cost, no sentido que às vezes se assume”, já que qualquer produto tem de cumprir as especificações dos fabricantes de automóveis. “Qualquer produto que é vendido à porta de uma refinaria, seja a refinaria A, B ou C, tem de cumprir com essas especificações técnicas, (...). Dou isso como assente, todos os combustíveis cumprem com as especificações necessárias”, insiste, esclarecendo que onde as bombas low-cost conseguem poupar é nos aditivos que escolhem para juntar ao combustível.

Ainda sobre o mesmo tema, o presidente da Galp garante que se a legislação avançar naturalmente que a cumprirá, mas tem “muita dificuldade em pensar como é que essa legislação se vai estabelecer, num contexto de um mercado livre, transparente e competitivo”. E acrescenta: “Tem como objectivo, tanto quanto entendo, forçar as empresas a reduzir o preço dos combustíveis, mas vai forçar as empresas a investir mais. Não consigo perceber como é que investindo mais se reduz os preços dos combustíveis.” Além disso, o responsável considera que já existem postos a mais no país e que a nova legislação pode precipitar alguns encerramentos.

Combustíveis vão aumentar?
Questionado na mesma entrevista sobre se a escalada de preços nos combustíveis poderá parar, Ferreira de Oliveira diz que “a evolução do preço dos combustíveis é um exercício impossível”, sobretudo numa altura em que muitas zonas do mundo estão a crescer. “Nós estamos aqui imersos numa depressão, mas a verdade é que o mundo tem vindo a crescer, e a crescer de uma forma muito relevante. E cada vez custa mais produzir o novo crude para refinar nas refinarias, porque o equilíbrio entre a oferta e a procura tem vindo a apertar”, justifica.

Sobre os preços praticados pela Galp, assegura que as refinarias se têm de guiar pelas cotações internacionais e que se optassem por baixar os preços “todos os grandes grossistas internacionais nos vinham comprar” e “era tudo exportado”.

Para o presidente da Galp, a solução para conter a escalada do preço dos combustíveis está do lado dos impostos, ainda que diga que a carga fiscal em Portugal está em linha com a dos outros países europeus. Contudo, antevê algumas hipóteses de melhoria na gasolina. “A nossa carga fiscal coincide com a média europeia, mas diverge num ponto: penaliza mais as gasolinas do que os gasóleos. Gostaria de ver as gasolinas menos penalizadas e os gasóleos, se possível, mantê-los. Se não for possível, tentar nivelar a carga fiscal entre gasolinas e gasóleos. Todos sabemos que o consumidor de gasolina é a classe média e a classe com menos proveitos. O consumidor de gasóleo são as empresas e a classe média-alta”, sublinha.

Quebra no consumo
As dificuldades financeiras e económicas de Portugal têm também tido reflexo no consumo de combustíveis, com o responsável pela Galp Energia a relatar que “o consumo em Portugal em 2012 foi dois terços do de 2005”.

Em resposta a uma pergunta sobre se a Galp não devia pagar mais impostos para ajudar o país, Ferreira de Oliveira foi peremptório: “A nossa empresa deve ser o maior colector de impostos depois do Ministério das Finanças. Todos os dias recolhemos impostos, nos pontos de venda, quer em Portugal quer em Espanha, que devolvemos de imediato ao governo – ISP e IVA em quantidades multibilionárias.”

“Portugal não aguenta mais desemprego”
Já no campo político, o administrador reforça que é muito importante que Portugal cumpra os compromissos com os credores, até para não afastar os investidores do país. “Se emprestasse 1000 euros a uma pessoa e ela viesse ter comigo uma semana depois a dizer que só me pagava 500, não voltava a emprestar. Portanto, é importante que o país cumpra, mas também é importante que mantenha um diálogo permanente com os credores, para demonstrar que vai ter capacidade de pagar a longo prazo a dívida que tem”, diz, citado pela TSF e Dinheiro Vivo.

Ferreira de Oliveira afirma acreditar na recuperação do país apesar dos momentos “extremamente difíceis” que se vivem, mas deixa um alerta: “Sem retomarmos o emprego e o crescimento económico nós não saímos deste esforço, mas para isso é preciso investimento. Infelizmente, a maioria do investimento tem que vir de fora e, para vir de fora, os investidores têm de confiar que somos uma economia com as condições básicas para crescer. E reforça, em resposta à pergunta sobre se o país aguenta mais impostos, que “Portugal não aguenta mais desemprego”.

 

fonte:http://www.publico.pt/


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11
Fev 13

Galp admite fechar postos se projeto "low cost" significar perder dinheiro

O presidente da Galp admitiu, esta segunda-feira, fechar postos de abastecimento se o projeto do Governo de inclusão de combustíveis de baixo custo levar a petrolífera "a perder dinheiro".


Em declarações aos jornalistas, Ferreira de Oliveira disse que ainda não percebeu como é que o Estado pretende incluir combustíveis líquidos de baixo custo ("low cost") nos postos de abastecimento, proposta da maioria parlamentar PSD e CDS-PP que foi aprovada, por unanimidade, no Parlamento, em novembro.

"Não percebemos como é que o Estado vai obrigar uma empresa a vender o que uma empresa não quer vender", declarou Ferreira de Oliveira.

Ainda assim, o presidente da Galp garantiu que "a empresa é cumpridora da lei" e, "se não conseguir, porque significa perder dinheiro, a Galp fecha o posto".

As instalações de abastecimento de combustíveis líquidos e gasosos derivados do petróleo, designados por postos de abastecimento de combustíveis, devem assegurar aos consumidores a possibilidade de livre escolha das gamas de combustíveis líquidos mais económicos, nomeadamente os não aditivados", diz a proposta aprovada por todos os grupos parlamentares.

"Ainda não percebi qual é o formato, mas estamos tranquilos", acrescentou.

Ferreira de Oliveira lembrou que "os portugueses, quando compram gasolina pagam essencialmente impostos", questionando se alguém percebe "porque é que o imposto por um litro de gasolina é maior do que o do gasóleo".

Questionado sobre o conceito de postos de abastecimento de baixo custo que a Galp lançou em 2010 em Setúbal, com a designação "Galp Base", Ferreira de Oliveira explicou que "foi uma experiência em estações de serviço em que a alternativa era fechar" e que " vale a pena como uma alternativa a fechar".

fonte:http://www.jn.pt/Pa


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31
Out 12

Galp: combustíveis low cost farão "perder dinheiro"

"Só nos falta dizerem que queremos perder dinheiro voluntariamente neste sector", disse o presidente da Galp, referindo-se à medida do Governo de obrigar as empresas a terem combustíveis de baixo preço.

O presidente executivo da Galp, Ferreira de Oliveira, mostrou-se hoje bastante crítico sobre a anunciada medida do Governo de obrigar as empresas a terem combustíveis de baixo preço nas estações de serviço, afirmando que tal decisão fará com se perda dinheiro.

"Só nos falta dizerem que queremos perder dinheiro voluntariamente neste sector", afirmou Manuel Ferreira de Oliveira num encontro com os jornalistas para apresentar as contas dos primeiro nove meses do ano da Galp Energia.

O responsável máximo da empresa considera estranho que o Estado obrigue os agentes económicos a "gastar mais para vender mais barato", acrescentando que quando "um sector não remunera o capital investido" tende a acabar.

O secretário de Estado da Energia, Artur Trindade, afirmou a 17 de outubro que vai obrigar as bombas de combustível a terem um espaço com produtos de baixo custo, adiantando que o Governo não vai "impor preços às empresas", já que estas "serão livres de colocar o preço que entenderem", mas o que o Executivo quer "é que o consumidor possa escolher na bomba de combustível entre uma gasolina e gasóleo não aditivado e os outros produtos".

Há "transparência" no sector


Perante esta medida, Manuel Ferreira de Oliveira refere que ficaria "encantado" se o Governo regulasse o sector dos combustíveis assim como regula a eletricidade e o gás, isto porque seria "bom para a Galp", já que teria uma remuneração assegurada.

"Seria um retrocesso em termos económicos e de mercado", frisa o presidente executivo da Galp, adiantando que não existe "nenhuma empresa do mundo do sector petrolífero que venda um produto que não seja a sua marca". Para Ferreira de Oliveira, "se há sector em que há transparência é o dos combustíveis" e não entende porque tal "preocupa o Governo".

Na altura, o secretário de Estado referiu à Lusa que esta medida "propõe que todas as bombas de uma determinada dimensão deem hipótese ao consumidor de escolher um combustível não aditivado", acrescentando esperar que o Orçamento do Estado para 2013 seja aprovado na Assembleia da República de forma a que o Governo "possa avançar com um decreto-lei".



fonte: http://expresso.sapo.pt 

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17
Set 12

Greve na Galp: «Alguns postos vão esgotar» com adesão de 90%

Protesto de três dias poderá trazer problemas, principalmente no interior do país, mas não haverá uma «rutura significativa» do abastecimento

A greve dos trabalhadores da Galp, que começou esta segunda-feira e se prolongará até ao final de quarta-feira, poderá provocar o «esgotamento de alguns postos», mas não haverá uma «rutura significativa» dos stocks.

«O nosso objetivo não é criar problemas de abastecimento, não queremos uma rutura de stock para o público em geral. O que queremos é que não saia abastecimento das refinarias, que é o que está a acontecer. Agora, não é previsível um rutura significativa, mas admito que alguns postos vão esgotar», disse à Agência Financeira o coordenador da Fiequimetal, federação sindical dos trabalhadores da Galp, Armando Frias. 

«Da nossa experiência de outras greves de três dias posso dizer que, embora não haja uma rutura no abastecimento do país, haverá alguns postos de abastecimento que vão esgotar, principalmente no interior, já que a empresa procura assegurar, prioritariamente, o litoral».

Por outro lado, com a «quebra do consumo», aliada ao «aluguer de tanques fora das instalações», o abastecimento geral está garantido, entende Armando Frias.

Uma garantia dada pela própria Galp: «Foram tomadas todas as medidas para que o abastecimento ao país não sofra quaisquer disrupções, o que até agora foi assegurado com sucesso».

Para já, de acordo com dados da Fiequimetal, na refinaria de Sines a adesão foi de «80 por cento no primeiro turno e acima de 90 por cento no segundo turno», acompanhando adesão verificada na refinaria de Matosinhos.

Ao mesmo tempo, na Lisboagás, a adesão ultrapassou os «70 por cento», enquanto que o pipeline Sines-Aveiro e os terminais petrolíferos estão «totalmente paralisados».

Números que «estão muito longe» dos contabilizados pela Galp que prefere, no entanto, «não alimentar a habitual discussão em torno dos níveis de adesão».

Certo é que, pelas contas dos sindicatos, serão «cerca de dois mil» os trabalhadores em protesto: aos «perto de 1.500 funcionários das refinarias e centros técnicos de gás», juntam-se os funcionários das empresas empreiteiras de construção e manutenção de unidades».

Em causa estão as alterações ao Código de Trabalho, que a empresa quer introduzir no Acordo Coletivo de Trabalho, e que os funcionários rejeitam. 

«Os trabalhadores só querem manter os seus direitos», explicou Armando Frias, criticando a redução do valor pago por cada hora de trabalho, das horas extras, do descanso compensatório e subida da comparticipação para o seguro de saúde, exigindo ainda um «aumento salarial que não crie mais desigualdade». 

Ao mesmo tempo, o sindicalista classifica de «escandaloso e imoral» o aumento dos lucros no primeiro semestre do ano, dos salários dos administradores e dos dividendos distribuídos aos acionistas.

A Galp Energia, por sua vez, responde que «a realização desta greve resulta da mera aplicação da lei, nomeadamente de cláusulas que são de aplicação obrigatória».

Já a Associação das Empresas Petrolíferas (APETRO) não quis comentar à AF «questões de índole laboral».

Quanto à queda dos preços dos combustíveis verificada nesta segunda-feira, a mais acentuada desde há um ano, fonte oficial da APETRO remeteu apenas para «a queda verificada na semana passada nas refinarias internacionais».

E a recomendação de baixar os preços feita pelo Governo?«Em primeiro lugar vamos ver se a TSU vai mesmo para a frente. Depois, se a ideia é criar emprego, então o objetivo não é baixar preço. A decisão caberá, portanto, a cada empresa».

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/

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