11
Jul 15

Hipermercados venderam 28% do combustível comprado pelos consumidores

As bombas de abastecimento dos hipermercados representaram 28% de todo o combustível comprado por consumidores privados no primeiro trimestre deste ano, um período em que a compra de gasóleo e gasolina aumentou, apesar de o sector ter visto a facturação descer.

Os dados são de um estudo feito pela consultora Kantar para a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), que tem entre os associados os maiores grupos de hipermercados.

Já em termos de facturação, a quota dos hipermercados neste mercado é de 27%. Tanto no que diz respeito ao volume de negócio, como à quantidade de combustível vendida, os valores colocam o conjunto destes postos ligeiramente acima da gasolineira que é a líder do sector: a Galp, segundo a Kantar, tem uma quota de 26% do mercado de consumo privado, tanto no volume de venda, como na facturação.

Os números mostram também que a quota de mercado dos hipermercados se tem mantido estável nos últimos dois anos, oscilando, no que diz respeito ao volume de combustível comercializado, entre um pico de 30% (no primeiro trimestre de 2013) e um mínimo de 25% (no terceiro trimestre do ano passado). 

“Este é um mercado muito disputado”, afirmou a directora-geral da APED, Ana Isabel Morais, durante a apresentação do estudo, em Lisboa, lembrando que os preços mais baixos praticados pelas bombas dos seus associados são suportados “por um modelo de negócio diferente” do das gasolineiras.

Para além de não terem outros serviços associados, os postos de abastecimento dos hipermercados servem também como chamariz de clientes para as lojas e dão oportunidades de vendas cruzadas. De acordo com os dados da APED, o preço médio por litro, combinando a gasolina e o gasóleo, foi, nos primeiros três meses do ano, nove cêntimos inferior ao praticado pelas empresas petrolíferas. As gasolineiras, por seu lado, têm argumentado que a diferença de preços nas tabelas não é a real, uma vez que muitos dos seus clientes beneficiam de promoções e descontos.

O estudo indica ainda que os consumidores privados estão a conseguir comprar mais combustível com menos dinheiro. No total do trimestre, as vendas de gasolina e gasóleo totalizaram 717 milhões de euros, uma descida de 86 milhões em relação a 2014, correspondentes a uma quebra de quase 11%. No entanto, foi observado um aumento de 2% na quantidade vendida, reflectindo uma redução dos preços em termos anuais.

Em média, cada consumidor abasteceu sete vezes entre Janeiro e Março (contra 7,5 vezes no mesmo período de 2014), embora tenha posto mais combustível de cada vez: 22,77 litros por compra, 10% acima do ano anterior. O preço médio recuou 12,5%.

O período analisado pela Kantar corresponde aos primeiros meses após a publicação de uma lei que obriga a maioria dos postos a vender combustível sem aditivos, numa tentativa de reduzir os preços. No entanto, a lei só começou a produzir efeitos em meados de Abril e foi nessa altura que a generalidade dos postos fez as alterações necessárias.

A inclusão de aditivos é, contudo, apenas um dos elementos a influenciar o custo dos combustíveis, a par de factores como a cotação do euro e o preço da matéria-prima. Depois de uma quebra nos últimos meses do ano passado (na sequência da redução abrupta do preço do petróleo), a tendência nos últimos seis meses tem sido de subida. De acordo com dados da Direcção Geral de Energia e Geologia, o gasóleo no território continental custava, em média, 1,14 euros em Janeiro. Nesta quarta-feira, o preço era de 1,27 euros. Já a o litro de gasolina 95 tinha um preço médio de 1,32 euros, estando agora em 1,56 euros.

fonte:http://www.publico.pt/ec

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09
Fev 15

Galp vai substituir produtos aditivados por simples para cumprir lei dos 'low cost'

A Galp tem uma equipa a trabalhar para até meados de abril ter combustíveis simples à venda nos seus cerca de 700 postos de abastecimento, respeitando a decisão do Governo, sem afastar a hipótese do recurso à Justiça.

 

O presidente da Galp disse hoje que a Galp cumpre a lei e, por isso, tem uma equipa no terreno a fazer as alterações necessárias para que os postos de abastecimento disponham de combustíveis 'low cost', como prevê o decreto-lei publicado a 16 de janeiro.

"Temos que tirar a nossa gama de produtos para por lá uma gama que o Governo nos impõe num mercado que está totalmente livre", revelou o presidente da petrolífera, adiantando que as atuais circunstâncias impedem o investimento em mais tanques e bombas.

Em declarações aos jornalistas, o presidente da Galp disse não entender a intenção legislativa do Governo, sem descartar a possibilidade de vir a contestar o diploma na Justiça.

"Não consigo perceber, na minha cabeça de engenheiro, que tenha que retirar um produto para colocar um outro que não tenho interesse em vender", declarou, explicando que a substituição de produtos foi a forma encontrada pela empresa para não investir numa altura em que está "a racionalizar em todas as frentes do sistema de distribuição em Portugal e em Espanha".

Todos os postos de abastecimento têm até meados de abril para venderem combustíveis simples, de acordo com o decreto-lei hoje publicado a 16 de janeiro em Diário da República.

"Sem prejuízo da livre comercialização de gasolina e gasóleo rodoviários submetidos a processos de aditivação suplementar para além do mínimo necessário ao cumprimento das respetivas especificações, os postos de abastecimento devem também comercializar combustível simples", lê-se no diploma hoje publicado, que define um prazo de 90 dias para esta obrigação.

Os deputados da Assembleia da República aprovaram a 05 de dezembro por unanimidade a proposta de lei que obriga todos os postos de combustível a comercializarem combustível simples, designados de 'low cost'.

A versão final da lei generalizou a obrigatoriedade da oferta a todos os postos de combustível, enquanto na versão inicial se cingia a postos com quatro 'bombas' de abastecimento, o que afetava a oferta fora dos grandes centros urbanos.

 

JNM // VC

fonte:Lusa/Fim

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17
Jan 15

Postos de combustíveis obrigados a vender low cost já a partir de abril

A lei que vai obrigar todos os postos de combustível a comercializarem combustível low-cost foi publicada esta sexta-feira em Diário da República. A lei entra em vigor amanhã, dia 17 de janeiro, e produz efeitos no prazo de 90 dias após a data de entrada em vigor. Ou seja, em meados de abril, todos os postos já serão obrigados a vender combustíveis low-cost.

A lei n.º6 de 16 de janeiro "estabelece os termos da inclusão de combustíveis simples [conhecidos por low-cost] nos postos de abastecimento para consumo público localizados no território continental, bem como obrigações específicas de informação aos consumidores acerca da gasolina e gasóleo rodoviários disponibilizados nos postos", pode ler-se no documento já publicado.

A proposta inicialmente aprovada no Parlamento cingia-se a postos com quatro bombas, o que afetava a oferta fora dos grandes centros urbanos. A versão agora publicada generaliza a obrigatoriedade da oferta a todos os postos de combustível.

A nova lei não impede a "livre comercialização de gasolina e gasóleo rodoviários submetidos a processos de aditivação", esclarece o documento, ou seja, os postos não estão obrigados à "comercialização exclusiva de combustível [low-cost]".

Os comercializadores que não cumprirem a nova regra estarão sujeitos acoimas entre os 6 mil e 20 mil euros, no caso de pessoas singulares, e de20 mil a 60 mil euros, no caso de pessoas coletivas.

Cabe à entidade supervisora do sector dos combustíveis a supervisão e monitorização do cumprimento desta lei, que no prazo de três anos será avaliada.

 

fonte:http://www.dinheirovivo.pt/empresas

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13
Fev 14

Rede Energia abre mais um posto low cost, desta vez em Chaves

A gasolineira low cost Rede Energia abriu mais um posto de abastecimento de combustíveis - o 17º em Portugal -, desta vez em Chaves, junto à zona industrial, anunciou a empresa.
“Continuamos a apostar na expansão nacional e à procura de novas oportunidades. Em 2013 tivemos um ano de franco crescimento e fechámos com 16 postos espalhados pelo país. Este é um número que nos deixa bastante satisfeitos, tendo em conta que estamos no mercado há apenas três anos” diz o administrador, Nuno Castela. 

Neste momento, a Rede Energia conta com cinco bombas de gasolina na Grande Lisboa (Campo Grande, Olivais, Parede, Barreiro e Estrada de Benfica) e a outras onze no Cartaxo, Crato, Santa Eufémia, Donim, Chão Duro, Vila Nova de Gaia, Amarante, Idanha-a-Nova, Braga, Porto e Baixa da Banheira. 

Em consequência desta expansão, a empresa está também a aumentar o número de postos de trabalho e, por isso, conta já com 71 colaboradores, dos quais 35 são empregos diretos e 28 em pontos de revenda. Números que irão aumentar este ano, já que a Rede Energia pretende abrir mais postos este ano. 

Tal como nos restantes, também neste novo posto a gasolina e o gasóleo apresentam um desconto de até 17 cêntimos, contudo a empresa garante que não se trata de produto não aditivado - que é de facto mais barato - mas sim de combustíveis aditivados que têm um desconto. 

 

fonte:http://www.dinheirovivo.pt/E

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15
Nov 13

Os combustíveis "low cost" fazem mal aos veículos?

Ao fim de um ano, um condutor pode poupar entre 156 e 208 euros se abastecer sempre numa bomba "low cost", segundo simulações desenvolvidas pela Associação para a Defesa do Consumidor (DECO) a pedido da Renascença. Por que motivo há esta diferença de preços? E que consequências tem nos veículos, se é que tem? Estes combustíveis prejudicam as viaturas no médio e longo prazo?

Joaquim Cabeleira é mecânico em Lisboa e conta que já arranjou alguns carros com problemas alegadamente causados por combustíveis "low cost". "Num carro a gasolina, não tenho apanhado avarias causadas pelos combustíveis. Agora no gasóleo, sim. Na duração dos motores, das bombas, dos injectores..." Joaquim Cabeleira argumenta que estes problemas não são evidentes nas primeiras viagens, mas surgem "quando menos se espera" - e podem custar "mais de uma centena de euros".

Nuno Castela dirige um "pequeno império" de venda de combustíveis "low cost". A qualidade mínima, garante este empresário, está assegurada. Ainda assim, diz que há diferenças relativamente aos combustíveis tradicionais. "A diferença está na qualidade, que se vai sentir a nível dos consumos e da manutenção do automóvel."

A GALP, que fornece grande parte das bombas "low cost" do país, garante que estes combustíveis "cumprem todos os requisitos legais", mas admite que "há diferenças". "As marcas ditas tradicionais desenvolvem pacotes de aditivos que permitem uma lubrificação melhor do motor, facto que, a longo prazo, protege mais os motores do que os combustíveis sem aditivos", refere o porta-voz Galp Energia, Pedro Marques Pereira.

O "mito" dos "famosos aditivos"
Para a Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), que tem como competência garantir a qualidade dos combustíveis, "todos os combustíveis comercializados em território nacional têm que cumprir as especificações técnicas estabelecidas na legislação em vigor". Nesse sentido, a DGEG garante que essas especificações técnicas "aplicam-se a todos os combustíveis, independentemente de quem os comercializa", garantindo-se assim "a qualidade dos produtos e a salvaguarda das viaturas". A DGEG respondeu por escrito às questões colocadas pela Renascença.

Tito Rodrigues, jurista da DECO/Proteste, relembra um estudo elaborado pela associação de defesa do consumidor, designado "Igual ao litro", no qual é referido que as diferenças entre um combustível "premium", um regular e duas bombas "low cost" analisadas são "residuais, mínimas". "Em termos de eficiência e em termos de rendimento, são, se não absolutamente iguais, muito comparáveis naquilo que é a performance automóvel", afirma.

"Os famosos aditivos não se traduzem numa maior eficiência, numa maior economia por parte do carro, num maior número de quilómetros percorridos. Isto é um mito e foi um mito que nós provámos", acrescenta Tito Rodrigues.

Neste sentido, a DECO aconselha "os consumidores a procurarem o mais barato - seja 'low cost' ou as marcas tradicionais através de programas de fidelização -, porque os produtos são homogéneos". "Não estamos a fazer uma campanha pró-'low cost' - o que queremos é dizer que os consumidores devem procurar o mais barato, porque os produtos são rigorosamente homogéneos."

Nuno Ribeiro da Silva, ex-secretário de Estado da Energia, alinha com a tese da DECO. "O produto que as 'low cost' recebem é idêntico ao dos postos convencionais". "É essencialmente a GALP que vai fazer o abastecimento desse produto. É um produto que é fiável - naturalmente, a GALP é uma empresa idónea", afirma. "Depois, a questão que se pode colocar é se há algum tipo de fraude que possa ser praticada [no postos 'low cost']. Francamente, não acredito que ocorra, nomeadamente nos postos de marca branca nas áreas comerciais, porque isso seria negativo para essas marcas. Já em postos que não estão ligados a complexos comerciais, é competência da DGEG controlar e fiscalizar a boa qualidade e as boas práticas dos revendedores."

A Autoridade da Concorrência apresentou recentemente um relatório sobre os preços de combustíveis em Portugal no segundo trimestre deste ano. Segundo o documento, os combustíveis "low cost" mais que duplicaram a quota de mercado entre o início da crise, em 2008, e 2013 - passou de 12% para 25%.

Mais baratas porquê?
Por falar em preços. A diferença média entre uma bomba tradicional e uma bomba "low cost" ronda os 13 cêntimos, tanto no gasóleo como na gasolina, de acordo com os números do segundo trimestre divulgados pela Autoridade da Concorrência. A pedido daRenascença, a DECO desenvolveu um conjunto de simulações partindo deste diferencial. 

No caso de um automóvel com um consumo de seis litros aos 100 e que faz 20.000 quilómetos por ano, o cenário de poupança com os combustíveis "low cost" é de 156 euros ano. Caso se trate de um consumo médio de oito litros aos 100, a poupança é de 208 euros por ano. Para combater esta diferença, as marcas tradicionais têm campanhas de fidelização, normalmente ligadas a hipermercados, fazem descontos, especialmente aos fins-de-semana, e juntam-lhe outros serviços - lavagem do automóvel, cafetaria, entre outros.

Mas, afinal, o que justifica estas diferenças? O ex-secretário de Estado da Energia Nuno Ribeiro da Silva diz que são várias as razões. Para começar, lembra o facto de as bombas "low cost" serem normalmente instaladas em "sítios menos valorizados", terem menos gastos com pessoal e estarem "confinadas apenas à venda do combustível, ou seja, sem serviços complementares". Já no caso das bombas ligadas a hipermercados, "a lógica do negócio não é fazer dinheiro na margem dos combustíveis - é o abastecimento do combustível ser uma maneira de atrair mais clientes, nomeadamente no fim-de-semana, para irem fazer outras compras".

Já o jurista da DECO/Proteste Tito Rodrigues refere que é no esmagamento das margens que correspondem ao próprio retalhista/vendedor [que ronda os 7%] que se vê o diferencial nos preços de uma bomba para outra. "As 'low cost' fazem um esmagamento desta margem [na gasolina] porque também beneficiam da venda de produtos acessórios nas lojas."

O porta-voz da Galp Energia, Pedro Marques Pereira, sustenta que "a diferença de preços entre as marcas tradicionais e as chamadas marcas brancas resulta de serem dois modelos de negócio diferentes". "As marcas brancas olham para a margem de uma forma global, incluindo os combustíveis e todos os outros produtos que estão no interior das lojas. É a combinação destas margens que resulta no preço e que leva a que provavelmente possam abdicar da margem na parte dos combustíveis para atrair clientes para as lojas, onde lhes vendem depois outros produtos que terão outras margens diferentes."

Pedro Marques Pereira acrescenta que, "no caso das marcas tradicionais, o negócio é diferente, os produtos são diferentes, são mais sofisticados, têm aditivos que melhoram a performance, permitem poupar os veículos e ajudam a prolongar a vida do motor". "Além disso, têm um nível de serviço que é bastante diferente do que se verifica nos postos ditos 'low cost', têm outros serviços associados, estão abertos 24 horas por dia em muitos casos e têm uma rede que chega a todos os pontos do país."

Renascença contactou o Automóvel Clube de Portugal e os grupos Auchan e Mosqueteiros, que têm bombas "low cost", mas não obteve respostas em tempo útil.

 

fonte:http://rr.sapo.pt/in

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