23
Jan 16

Governo vai actualizar imposto sobre os combustíveis

O Governo vai actualizar o imposto sobre os combustíveis este ano, de acordo com o comunicado do Conselho de Ministros emitido esta noite, onde o Executivo de António Costa antecipa alguma das medidas que vão constar no Orçamento do Estado de 2016, cujo esboço segue esta sexta-feira para Bruxelas.
 
No documento, o Governo enumera algumas das medidas que "têm como objectivo equilibrar o esforço de consolidação entre famílias, empresas e Estado". É nesta listagem que surge o objectivo de "actualização do Imposto Sobre Produtos Petrolíferos", sendo que o Governo não avança com mais detalhes sobre as alterações que pretende implementar nos impostos sobre os combustíveis. Informações adicionais deverão ser reveladas na conferência de imprensa que foi agendada para esta sexta-feira, às 15:00, onde Mário Centeno vai efectuar a apresentação do Plano Orçamental de 2016.
 
Depois de vários aumentos fiscais nos últimos anos, actualmente o imposto sobre produtos petrolíferos (ISP) é de 0,406 euros no diesel e de 0,621 euros na gasolina. Um valor sobre o qual recai o IVA, abrangendo também o valor do combustível em si. Actualmente, a fiscalidade representa cerca de 66% do preço de venda da gasolina simples de 95 octanas.
 
O Negócios noticia esta quinta-feira que durante o ano passado reverteu para os cofres públicos 55% do montante gasto efectivamente pelos portugueses com os combustíveis.
 
No ano passado foi implementada a Contribuição para o Sector Rodoviário, servindo para financiar as rodovias geridas pela Infraestruturas de Portugal. E houve mais uma taxa, a taxa de carbono. Além destas veio o efeito do aumento da componente dos biocombustíveis na gasolina e no gasóleo, que se repercutiu positivamente para o Estado no IVA. No global, terá equivalido a cinco cêntimos por cada litro de imposto adicional.
Impostos indirectos aumentam peso
 
No comunicado do Conselho de Ministros, o Governo enumera outras medidas que pretende implementar, com impacto orçamental este ano.
 
O Governo salienta que a previsão de défice de 2,6% para este ano "tem subjacente uma redução mais acentuada do lado da despesa", que descerá 1,3 pontos percentuais, enquanto a queda nas receitas será de 0,9 pontos percentuais.
 
O executivo de António Costa promete "uma saudável recomposição das receitas fiscais com a diminuição do peso dos impostos directos". A receita dos impostos directos vai baixar 3,4%, devido sobretudo à baixa no IRS, enquanto peso dos impostos indirectos, onde se inclui o ISP e o IVA, vai subir 5,8%.
 
"A redução dos impostos directos deve-se à eliminação gradual da sobretaxa do IRS, bem como à materialização em 2016 do efeito da redução da taxa do IRC para 21%, introduzida no OE de 2015", refere o Governo.
 
O Governo promete que a "adopção de uma estratégia orçamental responsável, mas promotora de crescimento, permitirá reduzir o rácio da dívida no PIB e os encargos com juros (incluindo a amortização de parte do empréstimo do FMI)".
As medidas e os impactos que terão No comunicado do Conselho de Ministros o governo lista várias medidas do OE, bem como o impacto orçamental.
- Reversão faseada dos cortes salariais na Administração Pública, 446 milhões de euros;
 
- Eliminação parcial da sobretaxa do IRS, 430 milhões de euros.
 
- Reposição de mínimos sociais nas prestações do Rendimento Mínimo Garantido, do Complemento Solidário para Idosos e do Abono de Família, totalizando 135 milhões de euros. Estas prestações são sujeitas a uma condição de recursos e, por isso, são eficazes no combate à desigualdade e pobreza.
 
- Forte contenção nas despesas de consumo intermédio, tornando mais eficiente o funcionamento do Estado.
- Estabilização do número de funcionários públicos, permitindo uma mais eficiente realocação de emprego na Administração Pública.
- Manutenção da taxa de IRC em 21%.
- Redução da taxa de IVA da restauração para 13%.
- Actualização do Imposto Sobre Produtos Petrolíferos. 

 

fonte:http://www.sabado.pt/

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04
Set 15

Já há três postos de combustível com gasóleo abaixo de um euro

Se vive em Tondela, Fafe ou Arganil e precisa de abastacer o carro, poderá beneficiar da descida do preço dos combustíveis. O gasóleo já está abaixo de um euro, mas não por muito tempo.

Estes preços estão a reflectir a descida acentuada da cotação do ouro negro na semana passada

O Pingo Doce de Tondela e de Fafe estão a cobrar 0,996 euros por cada litro de gasóleo. Já no Intermarché de Arganil, o litro do ‘diesel’ passou a ser vendido a 0,999 euros.

De acordo com os dados atualizados da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), no ranking dos postos de combustível mais económicos constam ainda o Pingo Doce de Coruche e o de Torres Novas, que cobram 1,008 euros por litro.

Por sua vez, entre todos os postos de norte a sul do País, é também o Intermarché de Arganil que está a vender a gasolina mais barata, 1,259 euros por litro.

Estes preços estão a refletir a descida acentuada da cotação do ouro negro na semana passada. Mas esta semana, o Brent, que serve de referência para Portugal, já voltou a superar os 50 dólares por barril. Após as quedas nas últimas semanas, é expectável que os combustíveis voltem a subir nas próximas semanas. Se pretender abastecer, aproveite o fim de semana e evite a segunda-feira.

Um estudo do Banco Best, datado de Março, indica o melhor dia para abastecer o seu automóvel: para os condutores com veículos a gasóleo ou para os que abastecem com gasolina 95, o melhor dia para se deslocar à bomba é o sábado. No caso de abastecer com gasolina 98, os especialista aponta a quarta-feira como o dia que permitirá poupanças adicionais..

A volatilidade das cotações nos mercados internacionais tem sido elevada, numa altura em que os presidente da Venezuela e da Rússia chegaram a um acordo para tentar estabilizar os preços do petróleo em torno dos 70 dólares por barril e no momento em que os países que pertencem à OPEP querem manter a produção, apesar do excesso de oferta de reservas de crude.

As estatísticas da DGEG mostram ainda que, a 3 de Agosto, o preço médio de venda ao público do gasóleo simples fixava-se em 1,190 euros.

Em cada litro de ‘diesel’, a fiscalidade pesa 54,3%. Feitas as contas, o preço sem taxas do gasóleo não vai além de 0,56 euros. Acrescem 0,22 euros de IVA e somam-se 0,40 euros em Imposto Sobre Produtos Petrolíferos e outras taxas, como a contribuição sobre o serviço rodoviário e a taxa de carbono em vigor desde o início do ano.

fonte:http://www.sol.pt/n

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25
Dez 14

Gasolineiras reforçam stock para lidar com corrida aos postos antes dos aumentos em Janeiro

O ano vai começar com a subida dos preços da gasolina e o gasóleo. Para acompanhar a corrida aos postos de combustível até ao final do ano, as gasolineiras já pediram reforço do abastecimento.

Quem abastecer o depósito ainda em 2014 pode poupar até 6,5 cêntimos por litro na gasolina e 5,1 cêntimos por litro no gasóleo. A inversão da tendência da descida dos combustíveis deve-se à entrada em vigor das novas medidas da fiscalidade verde, a 1 de Janeiro.

Contudo a fiscalidade verde pode não entrar em vigor logo no inicio de Janeiro: o diploma só seguiu para Belém na passada segunda-feira para promulgação e o Presidente da República tem a partir dessa data 20 dias para decidir.

José Pinto Reis, da Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis, considera este imposto “um assalto” ao bolso dos portugueses, que está a transformar os postos de gasolina em “repartições das finanças”.

“Somos das empresas que mais recolhe dinheiro neste país em impostos para o Estado” justifica.

O vice-presidente da ANAREC considera ainda que o Governo se está a “aproveitar” da descida do valor do petróleo para aplicar o imposto, que vai continuar quando os preços voltarem a subir, pondo em risco várias empresas.

“Agora havia uma possibilidade de se poderem aguentar algumas empresas de revendedores de combustíveis na zona de fronteira, mas agora o risco aumentou porque com este imposto verde o valor diferencial entre Portugal e Espanha vai aumentar e os nossos correm o risco de haver mais postos a fechar”, alerta.

A ANAREC já enviou ao Governo um pedido de reunião urgente para pedir o adiamento da medida, ainda sem resposta.

fonte:http://rr.sapo.pt/i

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04
Abr 14

Ateste o depósito antes do novo aumento do preço da gasolina

Quebra nas reservas de gasolina nos EUA vai ditar novo aumento dos preços nos postos nacionais, idêntico ao registado esta semana. Preço deverá superar a fasquia dos 1,60 euros por litro.

O preço da gasolina vai voltar a subir no arranque da próxima semana, à semelhança do que já aconteceu nesta. Será um aumento expressivo, a julgar pela forte valorização dascotações nos mercados internacionais, para o qual também contribui a desvalorização da moeda europeia face ao dólar. Quem tem automóvel a gasóleo deverá continuar a pagar o mesmo pelo combustível.

 

Depois da subida de 3,82% do preço médio da gasolina nos mercados, na semana passada, nesta registou-se um aumento de 2,94% no preço médio da tonelada métrica (valor utilizado pelas gasolineiras na actualização dos valores de venda nos postos nacionais). Uma subida explicada pela quebra das reservas deste combustível para mínimos de cinco meses nos EUA.

 

Convertidos os valores para euros, e tendo em conta que a moeda única recuou perante as declarações de Mario Draghi, presidente do BCE, a subida é ainda mais expressiva. Há uma valorização de 3,19% que acabará por ser repercutida nos preços pagos pelos consumidores nacionais na hora de atestar o depósito. Assim, o preço da gasolina vai passar a fasquia dos 1,60 euros por litro.

 

Quem tem automóvel a gasóleo escapa a mais esta subida no preço da gasolina, devendo continuar a pagar cerca de 1,39 euros por litro. De acordo com os dados da Bloomberg recolhidos pelo Negócios, a cotação do “diesel” nos mercados recuou ligeiramente (0,51%), uma variação que dificilmente se traduzirá numa redução do preço de venda nos postos nacionais.

 

fonte:http://www.jornaldenegocios.pt/em

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14
Mar 14

Gasóleo desce dois cêntimos na próxima semana

Preços do gasóleo e da gasolina descem a partir de segunda-feira.

Os preços dos combustíveis deverão descer na próxima semana. As cotações da gasolina e do gasóleo nos mercados internacionais baixaram nas últimas cinco sessões face à média da semana anterior. Um movimento que foi mais acentuado no gasóleo do que na gasolina.

A evolução das cotações em euros permite assim antecipar uma descida que poderá atingir os dois cêntimos por litro no preço do gasóleo, e inferior a um cêntimo no preço da gasolina.

Na segunda-feira, o preço médio do litro de gasolina em Portugal situava-se em 1,548 euros, enquanto o litro de gasóleo custava em média 1,337 euros.

fonte:http://economico.sapo.pt/

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09
Mar 14

Combustíveis com descida mínima na próxima semana

Os preços da gasolina e do gasóleo devem sofrer uma descida muito ligeira a partir de segunda-feira.

Segundo apurou o Económico junto de fontes do sector, o custo da gasolina deverá baixar cerca de um cêntimo. Já redução do preço do gasóleo poderá ser ainda mais ligeira.

O preço médio do litro de gasolina em Portugal ascende a 1,553 euros, de acordo com dados da Direcção Geral de Energia e Geologia para o Continente. Já o custo do gasóleo ronda os 1,339 euros.

Segundo os mesmos dados, o preço da gasolina baixou 5% nos últimos doze meses, período em que o custo do gasóleo recuou 7%.

A última comparação de Bruxelas apresenta Portugal como tendo a oitava gasolina mais cara na Europa, considerando preços com impostos. Já no ‘ranking' da UE para o gasóleo o país ocupa a 16ª posição.

 fonte:http://economico.sapo.pt/n

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14
Fev 14

Combustíveis mais caros já a partir de segunda-feira

O preço dos combustíveis deverá sofrer um ligeiro aumento já na próxima semana, com a gasolina a ficar mais cara cerca de dois cêntimos, enquanto o gasóleo deverá ver o preço subir um cêntimo.

A notícia é avançada na edição desta sexta-feira do Jornal de Negócios, com o jornal a assegurar que, já a partir de segunda-feira, a gasolina poderá chegar aos 1,60 euros em alguns postos de combustível.

Quanto ao gasóleo, registará uma subida menos acentuada, podendo ainda assim chegar aos 1,40 euros em algumas estações de serviço.

 

fonte:http://dinheirodigital.sapo.pt/

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13
Fev 14

Rede Energia abre mais um posto low cost, desta vez em Chaves

A gasolineira low cost Rede Energia abriu mais um posto de abastecimento de combustíveis - o 17º em Portugal -, desta vez em Chaves, junto à zona industrial, anunciou a empresa.
“Continuamos a apostar na expansão nacional e à procura de novas oportunidades. Em 2013 tivemos um ano de franco crescimento e fechámos com 16 postos espalhados pelo país. Este é um número que nos deixa bastante satisfeitos, tendo em conta que estamos no mercado há apenas três anos” diz o administrador, Nuno Castela. 

Neste momento, a Rede Energia conta com cinco bombas de gasolina na Grande Lisboa (Campo Grande, Olivais, Parede, Barreiro e Estrada de Benfica) e a outras onze no Cartaxo, Crato, Santa Eufémia, Donim, Chão Duro, Vila Nova de Gaia, Amarante, Idanha-a-Nova, Braga, Porto e Baixa da Banheira. 

Em consequência desta expansão, a empresa está também a aumentar o número de postos de trabalho e, por isso, conta já com 71 colaboradores, dos quais 35 são empregos diretos e 28 em pontos de revenda. Números que irão aumentar este ano, já que a Rede Energia pretende abrir mais postos este ano. 

Tal como nos restantes, também neste novo posto a gasolina e o gasóleo apresentam um desconto de até 17 cêntimos, contudo a empresa garante que não se trata de produto não aditivado - que é de facto mais barato - mas sim de combustíveis aditivados que têm um desconto. 

 

fonte:http://www.dinheirovivo.pt/E

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11
Fev 14

Galp sobe vendas de combustíveis pela primeira vez desde 2009

A Galp vendeu, no ano passado, 9,9 milhões de toneladas de combustíveis a clientes diretos, ou seja, em postos de abastecimento e para frotas de empresas em Portugal, Espanha e África. É uma subida de 1,1% face a 2012 e a primeira vez desde 2009 que as vendas voltam a subir, mesmo que ligeiramente.

Para o CEO da empresa, Manuel Ferreira de Oliveira, este é um sinal de recuperação da economia em Portugal, onde estas vendas cresceram 2%. Em Espanha recuaram 2% e em África têm estado a crescer, como sempre.  É ainda, ressalvou ontem na apresentação das contas de 2013, evidência da recuperação do mercado dos combustíveis.

Segundo a Galp, em Portugal o mercado recuou 3% e em Espanha caiu 5%, quando nos três anos anteriores estava a cair 7%. “E se compararmos trimestre com trimestre, na Ibéria, vemos que no primeiro trimestre de 2013 face ao homólogo de 2012 o consumo caiu 12%, mas no segundo trimestre a queda foi de 6%, no terceiro de 2% e no quarto já cresceu 1%. É claramente um sinal de crescimento e algo que nos deve alegrar”, disse. E acrescentou: “Vemos também, no último trimestre, o consumo de gasolinas a subir, por isso há aqui sinais que nos podem animar”.

A crescer estiveram também as vendas de gás natural, mas neste caso, mais na Galp do que propriamente no mercado em geral. Estas atingiram o “valor histórico” de 7090 milhões de metros cúbicos, mais 13% que no ano anterior e um reflexo da aposta que a petrolífera tem estado a fazer no negócio internacional de trading.  “Será um dos nossos negócios de futuro e estamos prudentemente a prosseguir nesta área”, disse o CEO.

Este consiste em vender no estrangeiro - Ásia e América do Sul - o gás que está contratado para Portugal mas que não é escoado por o consumo estar a cair. É por isso que não é considerado nas exportações porque não se trata de um produto  feito nas refinarias de Sines e Matosinhos, mas sim que a Galp compra lá fora e vende depois, mais caro, também no exterior.

O desempenho deste negócio justifica, aliás, que os lucros não tenham recuado mais do que 14%, para 310 milhões de euros, que  o EBITDA tenha crescido 11% para 1,1 mil milhões e que as vendas tenham subido 6%, para 19,6 mil milhões. “Por aqui passa muito dinheiro, mas fica pouco porque é um negócio de baixas margens. E se juntassemos o IVA, as vendas seriam quase 25 mil milhões”, comentou Ferreira de Oliveira.

Além do trading, contribuiram também para este estes resultados o aumento da produção de petróleo, principalmente no Brasil, que chegou mesmo para compensar o declínio dos poços em Angola. Aliás, segundo referiu o CEO da Galp, a exploração e produção de petróleo no Brasil, no campo Lula, é a principal aposta da empresa e para onde se canalizará a maior fatia do plano de investimentos. 

 

fonte:http://www.dinheirovivo.pt/

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07
Fev 14

Preços de referência nos combustíveis terão “efeito perverso” na concorrência

O secretário-geral da Apetro afirmou esta quinta-feira que a eventual fixação de preços de referência nos combustíveis poderá ter um “efeito perverso” sobre a concorrência.

Se houver preços de referência, “a tendência natural dos operadores será encostarem os seus preços ao preço máximo”, disse António Comprido, numa apresentação a jornalistas sobre a evolução do mercado dos produtos petrolíferos em 2013.

Recordando que era isso que acontecia com a gasolina 95 antes da liberalização do mercado dos combustíveis (em 2004), “quando todos vendiam ao preço máximo”, o secretário-geral da Apetro notou que a posição da associação que representa as petrolíferas “está em linha” com o que foi defendido na quarta-feira pelo presidente da Autoridade da Concorrência (AdC) no Parlamento.

“Deve olhar-se retrospectivamente para o que se passou e verificar se houve situações anómalas, mas estar a fixar um preço” não é a melhor solução, porque existe o “risco de convergência de preços”. A seguir-se esse caminho, é necessário chegar a um valor que “garanta um mínimo de rentabilidade para o sector”, disse António Comprido.

Questionado sobre a legislação que prevê a obrigatoriedade de fornecer combustíveis low-cost em todos os postos de abastecimento, o secretário-geral da Apetro disse tratar-se de “uma medida desnecessária, que atenta contra o funcionamento do mercado” e que acaba por ser “uma tentativa de intervenção indirecta dos preços”.

António Comprido entende que a medida “vai gorar as expectativas dos consumidores”, que “não vão obter preços mais baixos do que os que têm agora”, porque a oferta de combustíveis low-cost já existe e as pessoas “já têm liberdade de escolha”.

O ministro Jorge Moreira da Silva afirmou na semana passada, no Parlamento, que o Governo estará em condições de aprovar esta legislação “em breve”.

Sobre a crescente procura de combustíveis low-cost, o secretário-geral da Apetro reconheceu que “no subsector dos automóveis particulares parece evidente que há um aumento de quota” dos hipermercados no conjunto do mercado. António Comprido citou dados da APED, a associação que reúne as empresas da distribuição, que apontam para que os hipermercados tenham uma fatia de 30% desse subsector.

Retoma ténue da procura
No ano passado, o consumo de combustíveis voltou a cair, essencialmente devido à crise económica, que limitou o poder de compra de particulares e empresas. No entanto, a “atenuação do ritmo da queda do consumo” na segunda metade do ano leva a Apetro a antecipar uma “pequena retoma da procura” em 2014, a “confirmarem-se os indícios que estamos perante uma inversão do ciclo económico”.

Enquanto a gasolina e o gasóleo continuam com volumes anuais acumulados inferiores aos de 2012 (registando reduções de 3,3% e 2,3%, respectivamente), o GPL Auto e o consumo total de GPL mantiveram uma tendência de subida que já se verifica desde 2011, de 7,1% e 44,8%. Esta evolução do GPL Auto pode explicar-se, quer pela menor carga fiscal a que estão sujeitos os combustíveis gasosos, quer por alterações à lei sobre as restrições de estacionamento destes veículos nos parques subterrâneos.

As vendas de lubrificantes desceram 2,1%, mas registaram um ligeiro aumento na recta final de 2013, que a Apetro diz que poderá explicar-se pelo crescimento da venda de automóveis.

Relativamente à evolução dos preços, a Apetro refere que o preço médio de venda ao público da gasolina desceu 3,8% e o do gasóleo caiu 4,3%, uma evolução que se explica pela redução das cotações dos produtos refinados. No caso da gasolina, houve ainda uma descida de aproximadamente um cêntimo por litro nos custos de armazenagem, distribuição e comercialização. No gasóleo verificou-se também uma descida de cerca de um cêntimo por litro nos custos de incorporação do biodiesel.

A Apetro nota que os impostos representam “a maior componente do preço de venda ao público”, seguida do preço do produto à saída da refinaria e dos custos de armazenagem, distribuição e comercialização. Antes de impostos, “os preços estão em linha com a média europeia e, na comparação com Espanha, Portugal está numa posição ainda mais favorável”, disse António Comprido, reconhecendo que a descida de preços “tem sido conseguida à custa da margem dos operadores”, que deverão ter encolhido “entre 8% a 10%”.

 

 

fonte:http://www.publico.pt/e

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