Marcas brancas ajudam a poupar até 280 euros por ano
É, habitualmente, nos postos de abastecimento de marcas brancas onde os preços dos combustíveis são mais baratos.
O início de mais um ano volta a ser marcado pela subida dos preços dos combustíveis pelas petrolíferas. Esta semana, os preços dos combustíveis registaram uma forte valorização. O preço da gasolina chegou a subir quatro cêntimos em alguns postos, enquanto o gasóleo aumentou, em média, três cêntimos por litro. Em todas as gasolineiras, o preço da gasolina fixou-se nos 1,634 euros, à excepção da BP, onde a gasolina passou a custar 1,639 euros. Já o gasóleo varia entre os 1,484 euros na Cepsa, os 1,485 euros na Galp, bem como os 1,489 euros na BP e na Repsol. Para o gasóleo, trata-se do valor mais elevado de sempre, enquanto a gasolina está agora a 1 cêntimo do máximo histórico registado em Maio do ano passado.
Contudo, em qualquer dos casos, os novos preços nada mais são do que apenas valores de referência. Na prática, os portugueses que se desloquem a um posto de abastecimento irão encontrar valores mais elevados, dado que os revendedores costumam adicionar uma margem. Em Lisboa, por exemplo, quem se dirigir ao posto mais caro irá pagar 1,674 euros por litro de gasolina 95 que abasteça, mas as discrepâncias de preços podem ser muito acentuadas entre os preços praticados nos diferentes postos ou pelas diversas marcas.
Para perceber a dimensão dessas diferenças, analisarmos os postos onde é mais barato e mais caro abastecer o depósito. Para tal, foram considerados os preços divulgados no site da Direcção Geral de Energia e Geologia (DGGE) www.precoscombustiveis.dgge.pt nos postos do distrito de Lisboa. Sem surpresas, encontramos diferenciais de preços que chegam a valores muito próximos dos vinte cêntimos por litro, tanto no caso da gasolina sem chumbo 95 como no caso do gasóleo. Para encher um depósito de combustível de 60 litros, as diferenças resultam numa poupança ou num custo adicional de 11,7 euros, no caso da gasolina 95, e de 11,76 euros, no gasóleo. Ao fim de um ano, para quem ateste o depósito duas vezes por mês, a diferença nos encargos ronda os 280 euros.
Na maior parte dos casos, a discrepância de preços resulta do facto de se tratar ou não de um combustível de marca de referência ou branca. Aliás, na generalidade das situações, é nos postos das marcas brancas onde se encontram os preços mais em conta. Por isso, não será de estranhar que, segundo um estudo realizado pela Kantar Worldpanel divulgado no final de 2011, os combustíveis de marcas brancas já representem, em volume, 31,5% do mercado total de combustíveis em Portugal.
fonte:http://economico.sapo.pt/n