Crise ensombra negócio dos combustíveis

Marcas brancas têm tirado poder às grandes distribuidoras.

O conforto sentido, até há pouco tempo, pelas petrolíferas no mercado português começa, cada vez mais, a reflectir os efeitos da contracção económica que atingem as famílias e as empresas. Fortemente concentrado - cerca de 75% está nas mãos da Galp, Repsol e BP -, o sector tem pela frente um cenário sombrio. A perda de influência dos grandes operadores junto dos consumidores contrasta, no entanto, com o reforço de poder das marcas brancas, no que toca aos combustíveis rodoviários.

Os dados revelados pela Direcção Geral de Energia e Geologia têm demonstrado uma tendência de queda que se acentuou ao longo de 2011, a qual os especialistas garantem que veio para ficar, com a gasolina a registar quedas na ordem dos 10% e o gasóleo na casa dos 8%. São as mais acentuadas dos últimos cinco anos. "O baixo nível de actividade económica, do lado das empresas, e os custos das famílias, a nível particular, ainda vão piorar e não há expectativa de que a situação se inverta nos próximos tempos", explicou António Comprido, secretário-geral da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (APETRO), ao Diário Económico.

No negócio do gás natural, as regras do jogo são outras. O volume de negócios é fortemente influenciado pelo segmento eléctrico, o seu principal cliente. Anos com condições meteorológicas que influenciem positivamente a produção hidroeléctrica ou eólica, em detrimento das centrais a gás natural, traduzem geralmente uma redução das vendas. Já a actividade económica é o principal vector da saúde dos segmentos industrial e doméstico.

fonte:http://economico.sapo.pt

publicado por adm às 19:36 | comentar | favorito