Galp fechou 28 postos
Num ano, a Galp fechou 28 estações de serviço. A quebra de consumo de combustíveis em Portugal e Espanha continua e a empresa admite mais encerramentos
"O consumo de combustíveis continua a cair, trimestre após trimestre, o que leva as empresas deste sector a terem de encerrar postos de abastecimento", refere o presidente executivo da Galp, Manuel Ferreira de Oliveira. No primeiro trimestre de 2013 a Galp tinha uma rede de 1478 estações de serviço, enquanto no período homólogo de 2012 teve 1506 a operar na Península Ibérica e em África.
A redução de postos de abastecimento ocorre no mercado ibérico, onde o consumo de combustíveis voltou a cair no primeiro trimestre de 2013. Em Portugal, o consumo de gasolina caiu 8% e o de gasóleo caiu 9%, enquanto em Espanha a gasolina caiu´10% e o gasóleo 9%.
"A rede de postos existente no mercado é muito cara para o atual nível de vendas de combustíveis e a rentabilidade das vendas não suporta custos tão elevados, motivo pelo qual as empresas do sector têm de encerrar postos de abastecimento", refere Ferreira de Oliveira.
"Hoje temos um consumo de combustíveis que equivale a dois terços do volume que era consumido em 2005-2006, mas acontece que as petrolíferas não cortaram as suas infraestruturas numa proporção semelhante, porque acreditam que o mercado deverá recuperar a médio prazo", comenta o presidente executivo da Galp.
"Uma rede de 1478 postos de abastecimento representa um valor muito elevado de ativos, da ordem dos 1000 milhões de euros, a que temos de somar outros 1000 milhões de euros em armazenamento de produtos petrolíferos, além das reservas estratégicas de combustíveis que somos obrigados a manter por lei para ter estes postos de abastecimento a funcionar e continuarmos a operar no mercado. Tudo isto somado dá muito dinheiro, que a atividade de distribuição de combustíveis não torna rentáveis", explica Ferreira de Oliveira.
Nas contas de Galp, a distribuição de combustíveis aparece associada à refinação e no primeiro trimestre de 2013, apesar das margens de refinação terem melhorado, o resultado deste segmento de atividade "foi nulo", disse Ferreira de Oliveira.
fontes: http://expresso.sapo.pt